quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Samsung lidera reclamações sobre fabricantes de celular nos Procons


A Samsung foi a empresa que mais gerou reclamações --29,36% do total-- de usuários de aparelhos celulares entre janeiro e julho deste ano. O levantamento foi feito, pela primeira vez, pelo DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) do Ministério da Justiça e divulgado nesta sexta-feira.

Fabricantes de celular terão que responder notificação do Procon-SP

Com base nos atendimentos registrados no Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), o departamento constatou que a LG foi a fabricante com segundo maior número de demandas (25,38%), Nokia, a terceira (21,19%), seguida da Sony (15,51%) e da Motorola (8,56%).

O Sindec é o ferramenta do DPDC que reúne as informações dos Procons de todo o país. Para o sistema, demanda é toda questão que faz o consumidor procurar atendimento, seja para sanar dúvidas, relatar problemas com garantia, prazos ou cumprimento de regras.

O diretor do DPDC, Ricardo Morishita, disse que aparelhos celulares representam o maior número de demandas do Procon. Segundo ele, cerca de 80% dos problemas apresentados podem ser resolvidos pelas fabricantes.

O departamento afirma que passará a informar o "barômetro do aparelho celular" todo mês, para o consumidor acompanhar a melhora ou piora das empresas nas soluções de problemas.

Para Morishita, o aumento na demanda pelo serviço de telefonia móvel é preocupante. Já há mais de 187 milhões de usuários no Brasil e o número deve crescer fortemente.

Por trás do lançamento do "barômetro do celular" há uma disputa entre o DPDC e a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), representante da Nokia, Motorola, LG, Samsung e Sony Ericsson.

O DPDC considera o celular um produto essencial, o que obrigaria as fabricantes a oferecerem troca imediata do aparelho que apresentar falha. A Abinee briga por um prazo de até cinco dias depois do ato da compra para trocar o aparelho. A associação deu sinais de que pode entrar na Justiça contestando a definição de celular como produto essencial.

OUTRO LADO

Em nota, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que representa, entre outros, os fabricantes de aparelhos celulares, afirma que as empresas "estão sempre comprometidas com a constante atualização dos seus processos de produção, a fim de diminuir eventuais falhas".

A associação diz ainda que, enquanto o número de linhas celulares em operação cresceu 15,5% em 2009, comparado ao ano anterior, o nível de reclamações fundamentadas relatadas pelo DPDC caiu 24% no mesmo período.

"A Abinee destaca que sempre foi favorável ao aperfeiçoamento da política de atendimento ao consumidor, sem encarecer o produto, permitindo que o telefone celular continue acessível para milhões de brasileiros, promovendo a inclusão social."

Fonte: Folha.comLink

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